*CBR 250R chega ao mercado

por Diego M. de Sousa/motoreport


A Kasinski era a única a oferecer uma 250 esportiva até a Kawasaki lançar a Ninja 250R. Depois veio a Dafra Roadwin 250R e agora chega a representante da Honda. Parte da mítica linha CBR, a nova 250 aparece com um conjunto mecânico mais tradicional e opção por freios ABS, inédito na categoria.

Com o mercado amadurecendo, é natural que muitos motociclistas deixem suas populares e partam para motos maiores e mais potentes. O mercado ainda tem uma lacuna muito grande entre as urbanas de 250 cc e as 600, mas o preço dessas pequenas esportivas acabam deixando-as exatamente nesse espaço vazio. A julgar pelo sucesso da Ninja 250R, a CBR 250R ficará bem.



A maior diferença da CBR em relação às principais concorrentes está no motor, que é monocilíndrico como o da Dafra, enquanto a Comet GTR 250 tem um V2 e a Ninja, um dois-em-linha. A refrigeração líquida é comum aos demais, enquanto o câmbio de seis marchas também existe na Kawasaki.




O motor diferente pode não ter o mesmo ronco de um bicilíndrico, mas dispõe de mesma força. Os 2,34 kgfm a 7000 rpm superam as três concorrentes, com vantagem expressiva sobre a Dafra (1,92 kgfm). No entanto, a potência de 26,4 cv a 8500 rpm fica à frente apenas da Roadwin (24 cv a 9000 rpm), já que a GTR tem 32 cv a 10500 rpm e a Kawasaki tem 33 cv a 11000 rpm. Mas a Honda tentou compensar isso na balança.

A CBR pesa 150 kg a seco na versão básica e 154 kg na equipada com ABS. A Ninja tem praticamente o mesmo peso a Dafra é 8 kg mais pesada. Já a Comet paga caro por ter porte de 650: pesa 173 kg a seco. Nas largadas a CBR deixa Kasinski e Roadwin na poeira.

No quesito consumo de combustível o novo modelo pode superar todos, inclusive a CB 300R. Segundo a Honda, o motor da CBR 250R é o primeiro de duplo comando no cabeçote a utilizar balancins roletados, que garante menor atrito, mais eficiência e consequentemente, menor consumo.

O desenho da Honda é de longe o mais moderno. Inspirado na VFR 1200F, tem como maior diferencial o Double Layer, uma carenagem dianteira feita em duas camadas para criar fluxo de ar benéfico para a estabilidade.

Como sempre, preço e opções de cores não é o forte das Hondas. A versão básica custa R$ 15.490 e oferece as cores preta e azul, enquanto a C-ABS sai por R$ 17.990 apenas na cor azul. A líder da categoria, a Ninja 250R, custa R$ 16.180. A Comet GTR 250 sai por R$ 14.990 e a Roadwin por R$ 12.490.

A Honda pretende vender 6700 unidades ainda no primeiro ano. O número é modesto, visto que a Kasinski conseguiu emplacar 4448 unidades de sua esportiva e a Kawasaki, 4392 unidades. A CBR 250R venderá muito mais que isso e divulgará essa categoria em ascensão.







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